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Criança a ver através dos dedos das mãos.

Se és pai, mãe, professor, educador… garanto: não vais querer não ler este artigo da Parentalidade Generativa (PG) sobre os “nãos” que por aí criamos…

Os nossos filhos são mestres a desafiar-nos a sair da nossa zona de conforto. Quando penso nos nãos que às vezes dou aos pedidos dos meus filhos, percebo que muitos deles emergem, porque ainda me é difícil sair de um espaço que tão bem conheço, para arriscar fazer algo novo (ou antigo, mas que já não faço há muito tempo).

Sim, assusta mostrarmos a nossa vulnerabilidade, a nossa imperfeição em algo que não dominamos e, inconscientemente criamos desculpas, misturadas com julgamentos, para apoiarmos o nosso não.

Como nos demonstra a Programação Neurolinguística (PNL): como fazemos uma coisa fazemos todas. Acredita que não é só com os nossos filhos que dizemos não para evitarmos expor-nos, mas sim com a maior parte, se não todas, as situações desafiantes que encontramos na nossa vida.

Mas, a PG também nos lembra que, quando tornas consciente o modo como fazes as coisas e descobres qual é o teu padrão, acolhes, integras e transcendes: ganhas controlo sobre a tua vida, porque consegues identificar o que podes alterar para obter resultados diferentes, os resultados que desejas e mais além, porque são generativos, nunca aconteceram anteriormente. E este é mesmo um conceito tão bonito e transformador da Parentalidade Generativa.

Hoje, depois de parar, respirar e perceber o que estava realmente por trás do meu não, decidi fazer diferente, disse sim a um pedido do meu filho, ao qual normalmente digo não, e soube tão bem! O tempo que antes perdia com os choros e birras que vinham depois da minha resposta negativa, usei-o para fazer com ele o que era para ele importante naquele momento. Aqui e agora, o único momento que temos e onde residem às infinitas possibilidades. E, em vez de birras e choros, criámos conexão. Ficámos os dois de coração cheio!

E tu, hoje, qual foi o “não” que poderias ter trocado por um sim?

Engenheira como formação de base, foi como mãe que sentiu o seu maior desafio. No seu percurso profissional, teve contacto direto com várias culturas que lhe mostraram que existem diferentes maneiras de ser, estar e educar, não sendo nenhuma certa ou errada, apenas diferentes. Assim, e não se enquadrando no modelo de uma educação tradicional, sentiu a necessidade de encontrar um modo de educar diferente, e adequado à sua família. Foi então que começou o seu percurso na área da parentalidade, sendo hoje PNL Pratitioner em Parentalidade Generativa pela University California & Rita Aleluia e Consultora em Parentalidade Generativa.

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