Afinal, o que ensinar às crianças e como?
Não ensinem às crianças o que pensar, mas como pensar e se elas aprenderem como pensar, estarão então, em condições de aprender qualquer outra coisa. É assim que começa mais uma conversa sobre Parentalidade Generativa (PG), com a minha querida Judith DeLozier, a mãe da Programação Neurolinguística (PNL) e madrinha da PG, na University California SC (UCSC).
Se as nossas crianças aprenderem desde sempre a questionar e como fazê-lo, a saber que há mais do que uma perspectiva numa história, que a história tem sempre uma pré-história, vão crescer informadas, conscientes, com um mapa mundo ampliado, diversificado e a fazer as melhores escolhas a cada momento. Abrem-se ao campo das infinitas possibilidades e afastam-se da polaridade em que o nosso mundo está, neste momento, mergulhado. Convertem-se em verdadeiros agentes de mudança.
Judith lembra que “as crianças são muito cinestésicas, não aprendem a ouvir, mas sim, a fazer. Nenhuma criança ficaria para trás nos objetivos programáticos se encontrássemos melhores estratégias para lidar com todos os sistemas de representação.” Até porque, continua “penso que a Programação Neurolinguística já devia estar mais presente na educação. Há até algumas faculdades a ensiná-la como curso universitário, como as universidades da cidade do México e a de Xangai. A PNL está a entrar na educação e no ensino enquanto objecto de estudo, mas é também uma óptima ferramenta para alavancar o próprio sistema de ensino, e é por isso que eu gostava de a ver mais presente na educação”. Diz-me a minha experiência, em tantos países, que quando colocamos a PNL nos músculos, ela é a diferença que faz a diferença na criação de relações saudáveis e duradouras.
No âmbito mais específico da parentalidade, lembra que todos temos uma mãe comum, “amo a Mãe que nos trouxe ao mundo e amo a sua Mãe que a trouxe ao mundo e a todos os batimentos cardíacos que são necessários para percorrer todo o caminho de volta lá para trás, até à grande Mãe que nos alimenta: a Pachamama”. E prossegue: “esta é a minha mensagem. Eu amo-vos Mães, qualquer que seja o significado desta palavra!”
As mães na linha da frente a ensinarem o quê às crianças e como?
Às mães, DeLozier pergunta: “Que legado quero deixar quando partir?”
Remete-nos para o coração da Parentalidade Generativa, as intenções, com base no que quero ver no mundo e de como estou eu a ser exemplo disso. Judith recorda que “pensar no que é que eu estou a ensinar, o que é que eu estou a transmitir, pensar no tipo de modelo que sou, no tipo de modelo que gostaria de ser”, auxilia-nos a parar e a reflectir, a identificarmos onde podemos ser melhores e como podemos contribuir para um ambiente saudável ao nosso redor. Sempre sem julgamento, fazendo todos o melhor que podemos e que sabemos, a cada momento.”
Com a mão no coração e brilho nos olhos, diz, “se não podemos curar com a nossa presença, não seremos capazes de o fazer com as nossas palavras”. Concordo, em grau, género e número!
E tu, como queres que os teus filhos, netos e bisnetos te recordem?… Se ainda não sabes, podes descobrir no PNL Practitioner em Parentalidade Generativa, da NLP University California SC.