5 liberdades de Virgínia Satir na Parentalidade Generativa
A Parentalidade Generativa (PG) assenta em muito do legado dos modelados de excelência da Programação Neurolinguística (PNL), sobretudo no que respeita à terapia familiar sistémica, à psicologia humanista e à antropologia, contemplando por isso, as cinco liberdades propostas por Virgínia Satir.
A mãe da terapia familiar sistémica lembrava o quão essencial é, que uma família entenda que estão a operar num sistema, onde cada qual tem uma contribuição única. Tal como a Parentalidade Generativa, Virgínia Satir tinha uma visão positiva e optimista das pessoas. Satir acreditava que todos os seres humanos possuem, dentro de si, competências e recursos que podem ser mobilizados na direcção da saúde, do crescimento e desenvolvimento pessoal e humano. A mudança é vista como uma oportunidade. É “um processo natural e constante através do qual os indivíduos se conhecem a si mesmos, realizam o seu potencial e vinculam-se aos demais”, garantia Virgínia Satir.
As crenças de Satir são as crenças da PG
- As pessoas são milagres e dignas de amor;
- Cada pessoa é uma manifestação da sua força vital e foi-lhe dado o dom do espírito interno;
- Mudar é possível;
- Nós temos escolhas, sobretudo para responder aos eventos em vez de reagir aos mesmos;
- Podemos conectar-nos com base nas nossas semelhanças e crescer com base nas nossas diferenças;
- Quando recebemos novas informações ganhamos novas possibilidades;
- O problema não é sair do problema. É a maneira como lidamos com o problema;
- Por trás de cada comportamento há uma intenção positiva.
Esta mulher incrível, reconhecia as famílias nas suas alegrias e dificuldades, tanto que afirmava:
“Acredito que ser pai é o trabalho mais difícil, mais complicado, repleto de ansiedade, suor e sangue do mundo. Requer o máximo de paciência, bom-senso, compromisso, humor, tacto, amor, sabedoria, consciência e conhecimento. Ao mesmo tempo, oferece a possibilidade de experiência mais gratificante e alegre de uma vida, a de sermos guias bem-sucedidos de um ser humano novo e único.”
O legado de Satir na Parentalidade Generativa
Convido agora a abrandar, silenciar e colocar-se as três questões que se seguem:
- Como seria se todas as famílias co-criassem uma vida com significado?
- Como seria se cada um revelasse ser quem realmente é?
- Como seria construir uma família, longe dos padrões herdados e impostos e ainda assim ser aceite?
Para que as respostas, autênticas e congruentes, possam emergir, instalar-se nos músculos e na dinâmica diária da família, praticamos as cinco liberdades:
As Cinco Liberdades
- A liberdade de ver e ouvir o que se deseja em vez de ver e ouvir o que se deve;
- A liberdade de dizer e pensar o que se deseja em vez de dizer e pensar o que se pode;
- A liberdade de sentir e expressar o que se deseja em vez de sentir e expressar o que se permite;
- A liberdade de perguntar e informar-se sobre o que se deseja, em vez de perguntar e informar-se sobre o que se dispõe;
- A liberdade de decidir e assumir riscos em vez de decidir e assumir riscos que parecem seguros e próprios.
Um exercício que gosto de fazer quando sinto que não acedi a alguma das cinco liberdades é, viajar até ao futuro e ver o que ouvirei, escutar o que escutarei e sobretudo, sentir o que sentirei com as cinco liberdades integradas na minha vida pessoal e da minha família.
O que se transforma agora?
Com amor,
Rita
P.S. – Um dos temas queridos, da Certificação Internacional do PNL Practitioner em Parentalidade Genertiva – NLP University California, é o legado de Vírginia Satir.