Home  /  Famílias Generativas   /  A Parentalidade Generativa é intencional, autêntica e conectada
Mesa de madeira com ingredientes para cozinhar e palavra familia

Já te explico porque é que a Parentalidade Generativa (também conhecida por Parentalidade com PNL & Generativa) é intencional, autêntica (congruente)  e conectada, antes vou fazer um breve enquadramento. Somos, muitas vezes, prisioneiros do tempo, ou melhor, da falta dele – acreditamos nós.

Vivemos uma grande parte do tempo (90% a 95% movidos pelo inconsciente) em piloto automático, em correrias desenfreadas para chegarmos a todo o lado, e nem uma pandemia que nos exige em alguns momentos isolamento e confinamento, veio travar essa correria. E sabem que mais? Não vai ser esta nem outra pandemia qualquer que nos vai fazer ter tempo. A verdade é que pode existir um abrandamento, podemos até estar limitados em deslocações, porém, isso é tudo exterior. E, enquanto não for interior, não vamos, de facto, ter tempo.

Estamos habituados ao imediatismo, a ter quase tudo ao acesso de um clic, a procurar soluções milagrosas, acreditamos nós, mas que não passam de pensos rápidos em cima de uma ferida. E já sabemos o que acontece aos pensos rápidos ao fim de algum tempo não é? Perdem a cola e acabam por sair. E, infelizmente, é isso que vejo muitas vezes na vivência da Parentalidade nas famílias que acompanho. Observo pais à procura de poções mágicas, de fórmulas instantâneas que tenham efeitos imediatos, de receitas milagrosas que não os deixem ficar mal, como acontece num bolo em que, por acaso, nos esquecemos de colocar fermento e lá vai o bolo por água abaixo. Não é assim que acredito que deve ser vivida a Parentalidade e a Educação, seja em contexto familiar, seja em contexo escolar. Só que nada disso é generativo!

“Não há generatividade sem generosidade.”

Robert Dilts

Uma parentalidade intencional, autêntica, congruente (como dos dizem Virginia Satir e Carl Rogers, cujos legados são pilares da Parentalidade Generativa), conectada, vivida de dentro para fora, é como um estufado que necessita de cozinhar em lume brando para se apurarem todos os sabores. E a Parentalidade Generativa é, para mim, um autêntico trem de cozinha com utensílios topo de gama, escolhidos peça a peça para cada família. Até porque dependendo do tipo de fogão, os tachos e as panelas terão de ser diferentes.

Então, como posso eu dar uma fórmula igual a todas as famílias se cada uma delas é diferente? Se cada elemento que faz parte do sistema familiar traz consigo tanto da sua infância, tanto do estilo de educação do qual foi alvo, tanto dos seus antepassados também eles fruto de uma educação? Depois, pergunto me eu, como posso perpetuar que se continue a olhar para a parentalidade/educação muitas vezes, apenas e só, sob o olhar dos pais esquecendo de olhar verdadeiramente para os filhos? É o que acontece com muito do que vejo por aí, com muito do que se apregoa e, infelizmente, pelo muito que os pais me pedem.  Na maioria dos casos só se vê o lado dos pais, só se querem vender fórmulas para lhes facilitar a vida, para exterminar os comportamentos “indesejados” dos filhos, para fazer com que os filhos correspondam às expectativas que criaram em que eles sejam tudo aquilo menos o que são de verdade. Peço desculpa, mas não posso compactuar com isso!

Estou e estarei sempre do lado das crianças ainda que com o coração sempre aberto e disponível para apoiar os adultos.

E sempre com humildade e gratidão, valores da Parentalidade Generativa, muito queridos do Dr. Stephen W. Porges na hora de guiar as nossas crianças.

Parentalidade Generativa, uma viagem ao mundo das infinitas possibilidades

A Parentalidade Generativa é uma viagem, sem retorno, ao mundo das infinitas possibilidades, ao nosso mundo interior. Quando mergulhamos, em profundidade, integramos e vivemos este tipo de Parentalidade, consciencializamo nos do que se passa dentro de nós, assumimos responsabilidade por quem somos, pelas nossas escolhas e pelos exemplos que damos. Somos exemplo daquilo que queremos ver acontecer, não nos limitando a esperar que o outro mude, que não seja quem ele realmente é. Aceitamos! E aceitar o outro não quer dizer concordar com tudo que ele faz ou diz. Quer dizer que partimos de um lugar de amor, de compaixão, de tolerância, em que não tentamos impor o nosso mapa, em que excluimos o certo e o errado do nosso lexico, em que não acreditamos em ganhar ou perder, em que não entramos em jogos de poder. Percebemos que quando nós mudamos, quando nos transformamos, tudo à nossa volta se transforma também. Acima de tudo desaprendemos. Deixamos de acreditar sobre quem nos disseram que éramos, libertamo-nos de crenças limitadoras, consciencializamo-nos, cuidamos da nossa bagagem emocional. Resgatamos a nossa verdadeira essência e vivemos em verdade, alinhados com quem somos, conectados connosco e com algo maior. Esta é beleza da viência da Parentalidade Generativa!

Sara, Educadora de Infância, PNL Practitioner, facilitadora da Parentalidade Consciente e Consultora da Parentalidade Generativa.... Nas veias corre-lhe a vontade de contribuir para que se eleve a educação para um nível de consciência de autenticidade, de congruência, de aceitação, de equidade e de amor incondicional. Com um profundo respeito pela pureza e pela essência de cada criança, para que cada uma, à sua maneira e com a sua individualidade, possa desabrochar como uma flor num belo jardim. Um jardim onde os profissionais, famílias, crianças e comunidade, plantam e colhem juntos os frutos da união e da consciência. Acredita na verdade do sentir, na bondade do coração e que há uma força superior que liga o céu e a terra. Isso e que quando olhamos para dentro de nós, deixamos cair as máscaras, nos libertamos de crenças limitadoras e nos permitimos ser quem realmente somos, através da expressão da nossa verdadeira essência, que é nesse momento que começa a grande viagem Generativa das nossas vidas!

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